Atualmente, a depressão atinge em torno de 7% da população brasileira (17 milhões de pessoas), os dados são da Organização Mundial de Saúde (OMS, 2016). Segundo pesquisa da IMS Health, em 2016 a venda de antidepressivos e estabilizadores de humor cresceu 18,2%. A OMS alerta que atualmente a depressão é a quarta causa global de incapacidade e deve se tornar a segunda até 2021.
A desinformação e o preconceito a respeito da doença parece refletir no agravamento da mesma, acarretando em danos secundários como ansiedade, síndrome do pânico, insônia e indisposição, que afetam o desempenho no trabalho e nas atividades diárias como estudar e se relacionar com outras pessoas, afirma o psiquiatra Bruno Nazar, da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e pesquisador do King´s College de Londres.
Para a psiquiatra Evelyn Vinocur, titular da Associação Brasileira de Psiquiatria, a depressão também é uma doença psicossocial, não sendo necessariamente decorrente de fatores genéticos, que interferem no desequilíbrios de neurotransmissores do cérebro. A Dra Vinocur também afirma que de dois anos para cá, as pessoas estão muito mais estressadas, ansiosas, deprimidas, com sintomas característicos da psiquiatria, e que o cenário de um mundo globalizado, onde a informação está cada vez mais acelerada acaba contribuindo para que as pessoas fiquem mais aceleradas e, consequentemente, mais estressadas.
Os sintomas mais comuns são: Cansaço repentino, apatia, taquicardia, insônia, hipersensibilidade, choro por qualquer coisa, medo e, aparentemente, tudo isso, sem motivo.
Os psiquiatras também afirmam que doenças como diabetes e hipotireoidismo também podem estar relacionadas a determinados casos de depressão. Porém, um outro fator que me chamou a atenção foi a hipoglicemia, que se não for diagnosticada por um profissional especializado, acaba apresentando sintomas semelhantes à depressão e fazendo com que, cada vez mais indivíduos recebam diagnósticos equivocados e passem a tomar antidepressivos, sem se preocupar com o consumo excessivo de açúcar, levando-os ao quadro irreversível de diabetes.
Os sintomas da hipoglicemia ‘mascarados’ como o de uma depressão, na verdade são os sintomas do famoso ‘Perigo Branco’, termo cunhado por William Dufty no livro “Sugar Blues: O gosto amargo do açúcar – Rio de Janeiro: Editora Ground, 1975″, que alerta sobre o consumo exagerado de açúcar e seus derivados. E são os mesmos descritos anteriormente.
E é sempre bom fazer um alerta para que, em casos de suspeita de depressão, o primeiro passo deve ser uma conversa franca com a família ou pessoas próximas e de sua confiança. O segundo passo é procurar ajuda de um profissional qualificado e especializado. E em hipótese alguma tomar medicamentos sem orientação ou prescrição médica. Depressão tem tratamento. E se combinado com psicoterapia pode ser bastante eficaz.
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